sexta-feira, 24 de junho de 2016

PROCURA-SE LÍDERES PARA FAZEREM POLÍTICA


PROCURA-SE LIDERES PARA FAZEREM POLÍTICA


JUNHO 2016
UMA CRÔNICA DE GILSON MARCIO MACHADO

 


Com o advento da Operação Lava Jato, acreditamos que ainda resta no fundo do frasco de remédio, que sempre estivera às cabeceiras das camas dos estadistas líderes que essa nação já os tiveram, uma dose de esperança para o povo brasileiro. Com o pulso firme, como as de um gladiador da antiga Roma, com o caráter de um magistrado sério e corajoso, como se fosse um herói nacional saído dos quadrinhos de mocinho e bandidos, mas, não perde nunca, mesmo sendo ovacionado pela população, a simplicidade de um cidadão comum, o juiz federal Sérgio Moro, é o comandante em chefe dessa operação. Já confessou o que já imaginávamos, que se inspirou na Operação Mãos Limpas, na Itália da década de 1990, quando um grupo de juízes resolveram moralizar o país, inclusive, peitando a própria máfia italiana.
Moro é hoje respeitado pela grande maioria dos brasileiros dessa nação, odiado pelo mundo dos políticos que habitam seus casulos em forma de gabinetes nos prédios do Congresso Nacional, e também, nos Palácio do Planalto e da Alvorada e, finalmente aqueles que habitam uma vasta avenida denominada Esplanada dos Ministérios, que mais corretamente deveria ser chamado de Esplanada dos Mistérios.
Essa safra de políticos, em sua maioria, precisa ser renovada – já “contribuíram” bastante com o país, com suas roubalheiras, seus conchavos, e sua egocentricidade.
Mas esse afastamento deverá ter uma única via de acesso, que é passar pelos presídios brasileiros, que aliás, por culpa dessa própria safra política, estão com o sistema de recuperação dos detentos, falido, num amontoado de pessoas, como se fossem os porões dos navios negreiro na época que vinham da África por mercadores de almas, não diferente dos mercadores que habitam Brasília.
Pelos noticiários da impressa não se fala de outras coisas, são sempre notícias de primeira página: políticos na mira da Operação Lava Jato, políticos já presos, políticos em investigações, e de poucos dias uma da outra, as chamadas Operações da Lava Jato da Polícia Federal, autorizadas pelo Juiz Sérgio Moro, sendo a mais recente a Operação Custo Brasil que prendeu Paulo Bernardo, Ex-ministro do planejamento e esposo da senadora Gleisi Hoffmann e várias outras ações inerentes ao mesmo crime de desvios de empréstimos consignados na ordem de R$100 milhões.
Os políticos, Ex-ministros e vários outros criminosos envolvidos em lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, e outros cidadãos corruptores, estão em fase de autodestruição; uns devorando aos outros até se findar essa safra que nos representa, ou melhor, que deveria nos representar. Uns denunciam os outros – os denunciados são pegos, presos e denunciam outros – virando assim uma roda viva, que ora acabara em pouquíssimos espécimes. Faz lembrar um produto de higiene rural e até urbana onde não haja saneamento básico, usa-se um produto químico que em contato com a água as bactérias se mobilizam e começam a se devorarem umas às outras até purificarem a fossa ou esgoto que seja objeto de higienização.

PROCURA-SE LIDERES PARA FAZEREM POLÍTICA

Infelizmente não temos líderes da envergadura de alguns que ao longo dos anos passaram por nossa república, desde do Governo sediado no Rio de Janeiro e depois Brasília. Líderes como Juscelino Kubstichek, Fernando Henrique Cardoso, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Getúlio Vargas, Rui Barbosa... não foram muitos, mas houveram – diferentemente dos dias atuais que não se vê nenhum.
As casas legislativas vão se esvaziar e, é chegada a hora de aparecerem novos líderes – a nação está nas mãos das novas gerações Y e Z, que são os nascidos de 1990 para cá. São nossos filhos e netos – precisamos apoiá-los e fazê-los ver que esse quadro horroroso que a política provoca aos jovens, e a todos nós, pode ser mudado e, para isso contamos com eles – é nossa única salvação.
Jovens! Mostrem seus perfis, valorizem-se, ampliem seus estudos, leiam bastante os líderes políticos nacionais e internacionais, durmam com o fone de ouvido com notícias, faça sua higiene fisiológica lendo umas páginas de algum livro – esqueçam, por algum tempo seus personagens de jogos virtuais – o país está a sua procura, os desafios, podem acreditar, são muitos, bem mais realísticos e mais desafiadores que seus games. Enfrentem-os e ao mesmo tempo façam política, tornem-se sucessores dessa arte milenária, imaginem-se estarem na Grécia Antiga, berço da democracia e comecem tudo de novo,

                                                                    O PAÍS LHES CHAMA!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

RECORDES DA NATUREZA

                                    RECORDES DA NATUREZA

Nos últimos anos o que mais se houve falar são em recordes de intempéries e ou de outros fatos da natureza que ao mínimo são perturbadores e mexem com a opinião pública.
Batemos recordes de seca em 2014 e 2015 em várias regiões do país, especialmente no Sudeste onde se localiza Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Neste ano de 2016 estamos batendo recordes de chuvas, quando os índices pluviométricos de poucos dias já batiam o recorde de todo o mês de junho.
Em Mariana, no estado das Minas Gerais, duas barragens da mineradora Samarco se romperam onde havia lama, rejeitos sólidos e água, resultantes da mineração na região. Uma onda de lama atingiu o rio Gualaxo e além de atingir Mariana, o rio de lama atingiu pelo menos mais seis localidades, chegando em Barra Longa, Bento Rodrigues e o rio Gualaxo fez chegar a lama ao Rio Doce, levando-a à numa área total de 10 mil km². Mortes, destruição do meio ambiente, destruição de residências, enfim: Trata-se do maior incidente ambiental ocorrido no país.
Um país que sempre teve a isenção desses fenômenos naturais, passou a tê-los como nos últimos anos tivemos em vários locais do Sul e do Sudeste: tornados tão fortes que lembram os furações da América Central e da costa leste dos EUA, quando não do Pacifico, na costa oeste. No Nordeste brasileiro passou a ter terremotos de pequena intensidade, mas começaram a fazer presença.
Ora é recorde de seca, ora de chuvas, ora de ventos fortes, ora da umidade do ar, ora do calor intensivo, ora do outono mais frio, ora do inverno mais quente, ora do fenômeno El Niño (círculo de fogo que passa no interior da terra na região do Pacífico – que influencia nas marés e nas temperaturas) mais intenso e assim por diante.
Neste 05 de junho à noite, a cidade de Jarinu foi assolada por uma forte tempestade, com ventos em velocidade e destruição de tornado, quando pelo corredor por onde passou destruiu tudo, como telhados, casarões antigos, muros, arrancou arvores, destruiu estruturas metálicas, virou carretas e destruiu vários locais públicos e privados, que por sorte, se é que assim possamos dizer, ocorreu à noite de um domingo quando não se tinha pessoas nos prédios, cuja maioria era do centro comercial, fechado devido à noite ser de domingo. O centro da cidade visto por foto aérea mostrou uma destruição equivalente a um bombardeio aéreo. A destruição foi tamanha, que a praça central ficou desprovida de árvores, os dois cemitérios ficaram desmurados e suas lápides avariadas. Os prejuízos para os moradores são significantes, uns não tem seguro e outros os tem, mas a cobertura de vendaval não cobre todos os prejuízos, pois os valores averbados, historicamente, não preveem tornados, pelo fato de que nunca dantes existiam.
O que tem ocorrido com o tempo, melhor dizendo, com o planeta? É o efeito estufa, ou o buraco na camada de ozônio, ou o desmatamento descontrolado, ou o descongelamento das geleiras, ou são os gases expelidos à atmosfera – Entre eles destacamos o monóxido de carbono emitido pelos motores dos veículos e pelas queimadas de florestas, por exemplo, além dos gases metano, o óxido nitroso, todos eles responsáveis diretamente pela qualidade do ar que respiramos, pelo aquecimento global e pelo efeito estufa -ou seriam todos esses eventos juntos?
A continuar esses eventos inesperados ano, após ano, sempre uma nova tragédia ambiental, em poucos anos o mundo estará totalmente transformado, de forma que onde não nevava começará a ocorrê-lo e onde nevava não o ocorrerá mais. Onde existem furações poderão aumentá-los ou não os ocorrerem mais, onde não os haviam passarão a havê-los. Onde existem desertos, serão aumentados e onde não os existem passarão a existí-los.
Onde há água, não haverá mais. Há uma possibilidade de um barril de petróleo, oportunamente, valer menos que um barril d’água, pois o petróleo começará a sobrar devido os combustíveis renováveis e a água não há ainda substituto a ela.
Aos meus amigos de Jarinu, meus profundos sentimentos pela tragédia ocorrida – fruto dos desmandos de todos habitantes deste planeta.

Crônica de

Gilson Marcio Machado