RECORDES DA NATUREZA
Nos últimos anos o que mais se houve falar são em recordes de
intempéries e ou de outros fatos da natureza que ao mínimo são perturbadores e
mexem com a opinião pública.
Batemos recordes de seca em 2014 e 2015 em várias regiões do
país, especialmente no Sudeste onde se localiza Minas Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro. Neste ano de 2016 estamos batendo recordes de chuvas, quando os
índices pluviométricos de poucos dias já batiam o recorde de todo o mês de
junho.
Em Mariana, no estado das Minas Gerais, duas barragens da
mineradora Samarco se romperam onde havia lama, rejeitos sólidos e água,
resultantes da mineração na região. Uma onda de lama atingiu o rio Gualaxo e
além de atingir Mariana, o rio de lama atingiu pelo menos mais seis
localidades, chegando em Barra Longa, Bento Rodrigues e o rio Gualaxo fez
chegar a lama ao Rio Doce, levando-a à numa área total de 10 mil km². Mortes,
destruição do meio ambiente, destruição de residências, enfim: Trata-se do maior
incidente ambiental ocorrido no país.
Um país que sempre teve a isenção desses fenômenos naturais,
passou a tê-los como nos últimos anos tivemos em vários locais do Sul e do Sudeste:
tornados tão fortes que lembram os furações da América Central e da costa leste
dos EUA, quando não do Pacifico, na costa oeste. No Nordeste brasileiro passou
a ter terremotos de pequena intensidade, mas começaram a fazer presença.
Ora é recorde de seca, ora de chuvas, ora de ventos fortes,
ora da umidade do ar, ora do calor intensivo, ora do outono mais frio, ora do
inverno mais quente, ora do fenômeno El Niño (círculo de fogo que passa no
interior da terra na região do Pacífico – que influencia nas marés e nas
temperaturas) mais intenso e assim por diante.
Neste 05 de junho à noite, a cidade de Jarinu foi assolada
por uma forte tempestade, com ventos em velocidade e destruição de tornado,
quando pelo corredor por onde passou destruiu tudo, como telhados, casarões
antigos, muros, arrancou arvores, destruiu estruturas metálicas, virou carretas
e destruiu vários locais públicos e privados, que por sorte, se é que assim
possamos dizer, ocorreu à noite de um domingo quando não se tinha pessoas nos
prédios, cuja maioria era do centro comercial, fechado devido à noite ser de
domingo. O centro da cidade visto por foto aérea mostrou uma destruição
equivalente a um bombardeio aéreo. A destruição foi tamanha, que a praça
central ficou desprovida de árvores, os dois cemitérios ficaram desmurados e
suas lápides avariadas. Os prejuízos para os moradores são significantes, uns
não tem seguro e outros os tem, mas a cobertura de vendaval não cobre todos os
prejuízos, pois os valores averbados, historicamente, não preveem tornados,
pelo fato de que nunca dantes existiam.
O que tem ocorrido com o tempo, melhor dizendo, com o
planeta? É o efeito estufa, ou o buraco na camada de ozônio, ou o desmatamento
descontrolado, ou o descongelamento das geleiras, ou são os gases expelidos à atmosfera
– Entre eles destacamos o monóxido de carbono emitido
pelos motores dos veículos e pelas queimadas de florestas, por exemplo, além
dos gases metano, o óxido nitroso, todos eles responsáveis diretamente pela
qualidade do ar que respiramos, pelo aquecimento global e pelo efeito estufa -ou seriam todos esses eventos juntos?
A continuar esses eventos inesperados ano, após ano, sempre
uma nova tragédia ambiental, em poucos anos o mundo estará totalmente transformado,
de forma que onde não nevava começará a ocorrê-lo e onde nevava não o ocorrerá
mais. Onde existem furações poderão aumentá-los ou não os ocorrerem mais, onde
não os haviam passarão a havê-los. Onde existem desertos, serão aumentados e onde
não os existem passarão a existí-los.
Onde há água, não haverá mais. Há uma possibilidade de um
barril de petróleo, oportunamente, valer menos que um barril d’água, pois o
petróleo começará a sobrar devido os combustíveis renováveis e a água não há
ainda substituto a ela.
Aos meus amigos de Jarinu, meus profundos sentimentos pela
tragédia ocorrida – fruto dos desmandos de todos habitantes deste planeta.
Crônica de
Gilson Marcio Machado
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