quinta-feira, 23 de junho de 2016

RECORDES DA NATUREZA

                                    RECORDES DA NATUREZA

Nos últimos anos o que mais se houve falar são em recordes de intempéries e ou de outros fatos da natureza que ao mínimo são perturbadores e mexem com a opinião pública.
Batemos recordes de seca em 2014 e 2015 em várias regiões do país, especialmente no Sudeste onde se localiza Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Neste ano de 2016 estamos batendo recordes de chuvas, quando os índices pluviométricos de poucos dias já batiam o recorde de todo o mês de junho.
Em Mariana, no estado das Minas Gerais, duas barragens da mineradora Samarco se romperam onde havia lama, rejeitos sólidos e água, resultantes da mineração na região. Uma onda de lama atingiu o rio Gualaxo e além de atingir Mariana, o rio de lama atingiu pelo menos mais seis localidades, chegando em Barra Longa, Bento Rodrigues e o rio Gualaxo fez chegar a lama ao Rio Doce, levando-a à numa área total de 10 mil km². Mortes, destruição do meio ambiente, destruição de residências, enfim: Trata-se do maior incidente ambiental ocorrido no país.
Um país que sempre teve a isenção desses fenômenos naturais, passou a tê-los como nos últimos anos tivemos em vários locais do Sul e do Sudeste: tornados tão fortes que lembram os furações da América Central e da costa leste dos EUA, quando não do Pacifico, na costa oeste. No Nordeste brasileiro passou a ter terremotos de pequena intensidade, mas começaram a fazer presença.
Ora é recorde de seca, ora de chuvas, ora de ventos fortes, ora da umidade do ar, ora do calor intensivo, ora do outono mais frio, ora do inverno mais quente, ora do fenômeno El Niño (círculo de fogo que passa no interior da terra na região do Pacífico – que influencia nas marés e nas temperaturas) mais intenso e assim por diante.
Neste 05 de junho à noite, a cidade de Jarinu foi assolada por uma forte tempestade, com ventos em velocidade e destruição de tornado, quando pelo corredor por onde passou destruiu tudo, como telhados, casarões antigos, muros, arrancou arvores, destruiu estruturas metálicas, virou carretas e destruiu vários locais públicos e privados, que por sorte, se é que assim possamos dizer, ocorreu à noite de um domingo quando não se tinha pessoas nos prédios, cuja maioria era do centro comercial, fechado devido à noite ser de domingo. O centro da cidade visto por foto aérea mostrou uma destruição equivalente a um bombardeio aéreo. A destruição foi tamanha, que a praça central ficou desprovida de árvores, os dois cemitérios ficaram desmurados e suas lápides avariadas. Os prejuízos para os moradores são significantes, uns não tem seguro e outros os tem, mas a cobertura de vendaval não cobre todos os prejuízos, pois os valores averbados, historicamente, não preveem tornados, pelo fato de que nunca dantes existiam.
O que tem ocorrido com o tempo, melhor dizendo, com o planeta? É o efeito estufa, ou o buraco na camada de ozônio, ou o desmatamento descontrolado, ou o descongelamento das geleiras, ou são os gases expelidos à atmosfera – Entre eles destacamos o monóxido de carbono emitido pelos motores dos veículos e pelas queimadas de florestas, por exemplo, além dos gases metano, o óxido nitroso, todos eles responsáveis diretamente pela qualidade do ar que respiramos, pelo aquecimento global e pelo efeito estufa -ou seriam todos esses eventos juntos?
A continuar esses eventos inesperados ano, após ano, sempre uma nova tragédia ambiental, em poucos anos o mundo estará totalmente transformado, de forma que onde não nevava começará a ocorrê-lo e onde nevava não o ocorrerá mais. Onde existem furações poderão aumentá-los ou não os ocorrerem mais, onde não os haviam passarão a havê-los. Onde existem desertos, serão aumentados e onde não os existem passarão a existí-los.
Onde há água, não haverá mais. Há uma possibilidade de um barril de petróleo, oportunamente, valer menos que um barril d’água, pois o petróleo começará a sobrar devido os combustíveis renováveis e a água não há ainda substituto a ela.
Aos meus amigos de Jarinu, meus profundos sentimentos pela tragédia ocorrida – fruto dos desmandos de todos habitantes deste planeta.

Crônica de

Gilson Marcio Machado

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