O PODER A QUALQUER CUSTO
Essa
frase proferida por Rui Barbosa há quase um século, continua atual como nunca:
“De tanto ver triunfar as nulidades; de
tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da
virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”
A
justiça corre contra o tempo. Lula tem que ser condenado por um colegiado em
segunda instância para efetivamente não poder se candidatar nas eleições de
2018 e, além de se tornar inelegível finalmente deverá ser preso.
Lula
é pretencioso, começou uma jornada pelo nordeste, começando por Salvador, e diz
que quer ouvir o povo e prometer a esse mesmo povo um país, novamente, com
crescimento econômico e empregos – não se faz de rogado, como se não tivesse
sido os políticos do PT – Partido dos Trabalhadores quem provocou essa
catástrofe econômica na qual se encontra o país, encabeçado por ele próprio. A
economia nacional não resistiu a tantos desmandos e desvios de dinheiro com
superfaturamentos e os famosos caixas dois, três, e sabe-se lá quantos mais. Os
políticos e executivos do primeiro escalão das estatais sangraram os cofres
públicos, tornando o hábito rotineiro e endêmico de tal forma que todos se viam
e alguns ainda veem no direito de estabelecer seus quinhões ou melhor dizendo,
suas comissões sobre os serviços de empresas fornecedoras, principalmente construtoras,
desde do nível regional envolvendo territórios de vereadores e deputados, indo
aos ministérios, governadores e ao que parece até ao chefe do executivo. Eu ,inocentemente, no passado não entendia
porque alguém gastaria milhões de reais para se eleger a um cargo público para
ganhar alguns poucos milhares mensais – hoje entendo, os milhões gastos nas
eleições são dos bolsos dos cidadãos honestos
e não dos políticos – e, os salários em torno de pouco mais de vinte mil reais
por mês, são valores nominais para “inglês ver”, os ganhos verdadeiros são
milhões de reais das negociatas com empreiteiras e outros fornecedores dos mais
variados negócios , desde os
fornecedores de merenda escolar aos fornecedores de aviões e submarinos
nucleares
O
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem anseio que seria
normal a qualquer outro político do meio do poder em Brasília, de assumir a
Presidência da República em caso do impedimento do atual, Michel Temer. Se vê,
o Maia, numa corrida de difícil ganho, pois Temer experimentou do néctar do
poder e não quer larga-lo mesmo tendo que enfrentar as chantagens tão usuais no
mundo político.
Temer
tem a caneta do poder nas mãos e, não economiza tinta, sangra no que for
preciso o seu tinteiro –não importando as malas de dinheiro, nem mesmo com o
flagra da Polícia Federal; além, de sua pactuação com o meliante da JBS, Sr.
Wesley Batista, que se portou como um araponga e gravou os deslizes do morador
do Palácio Jaburu, na surdina da noite e sem testemunhas, a não ser o gravador
do dono da JBS.
Os
candidatos a candidato a Presidência da República, do PSDB- Partido da Social Democracia
Brasileira, se dizem não candidatos, mas estão se mexendo, tanto o governador
do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, quanto o prefeito da Cidade de São
Paulo, João Dória. Um se diz amigo do outro há três décadas e, que jamais
trairiam essa amizade e Dória diz não ser candidato, mas se comporta como tal,
inclusive, acenando uma eventual e estratégica troca de partido.
Dória
com seu discurso de que não é político e sim
um gestor, soube capitalizar esse apelo de marketing, sem grandes
investimentos em campanhas idealizadas por profissionais de marketing
político. É como tivesse identificado a
galinha que bota os ovos de ouro, num grande galinheiro onde há abundância de
ovos normais e enjoativos – ninguém aguenta mais comer ovos ...ninguém aguenta
mais os políticos dessa nação. Foi tão vitorioso se elegendo no primeiro turno,
como prefeito da maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, tendo o
terceiro orçamento do país, ficando atrás somente do orçamento da união e o do
estado de São Paulo, que o poder bate à sua porta e ele o acata como um bom
anfitrião. Tem viajado a serviço do atual mandato, mas estrategicamente em
locais que o projetam ainda mais como
um candidato em potencial à Presidência da República como os USA, China, Coreia
do Sul, Emirados Árabes e Portugal . No
território brasileiro tem visitado os estados nordestinos antigos redutos de
Lula, hoje este está começando a perder sua supremacia devido aos escândalos de
corrupção levantados pela Operação Lava a Jato. Dória em poucos dias já esteve
em Salvador, Natal, Palmas, Fortaleza e Recife. No sul, esteve em Curitiba.
E,
alguns outros almejam a caneta presidencial, já que na democracia não existe
trono e nem a coroa do monarca, mas essa caneta nomeia, barganha, veta, sanciona
e assina medidas provisórias e as famosas emendas parlamentares. Além de Lula,
Alckmin e Doria tem outros postulantes ao poder, como: Ciro Gomes, Jair
Bolsonaro, Marina Silva e mais de uma dezena de candidatos de partidos nanicos.