domingo, 20 de agosto de 2017

O PODER A QUALQUER CUSTO

                 
                              O PODER A QUALQUER CUSTO

Essa frase proferida por Rui Barbosa há quase um século, continua atual como nunca:

  “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”

A justiça corre contra o tempo. Lula tem que ser condenado por um colegiado em segunda instância para efetivamente não poder se candidatar nas eleições de 2018 e, além de se tornar inelegível finalmente deverá ser preso.

Lula é pretencioso, começou uma jornada pelo nordeste, começando por Salvador, e diz que quer ouvir o povo e prometer a esse mesmo povo um país, novamente, com crescimento econômico e empregos – não se faz de rogado, como se não tivesse sido os políticos do PT – Partido dos Trabalhadores quem provocou essa catástrofe econômica na qual se encontra o país, encabeçado por ele próprio. A economia nacional não resistiu a tantos desmandos e desvios de dinheiro com superfaturamentos e os famosos caixas dois, três, e sabe-se lá quantos mais. Os políticos e executivos do primeiro escalão das estatais sangraram os cofres públicos, tornando o hábito rotineiro e endêmico de tal forma que todos se viam e alguns ainda veem no direito de estabelecer seus quinhões ou melhor dizendo, suas comissões sobre os serviços de empresas fornecedoras, principalmente construtoras, desde do nível regional envolvendo territórios de vereadores e deputados, indo aos ministérios, governadores e ao que parece até ao chefe do executivo.  Eu ,inocentemente, no passado não entendia porque alguém gastaria milhões de reais para se eleger a um cargo público para ganhar alguns poucos milhares mensais – hoje entendo, os milhões gastos nas eleições são dos bolsos dos cidadãos  honestos e não dos políticos – e, os salários em torno de pouco mais de vinte mil reais por mês, são valores nominais para “inglês ver”, os ganhos verdadeiros são milhões de reais das negociatas com empreiteiras e outros fornecedores dos mais variados negócios , desde  os fornecedores de merenda escolar aos fornecedores de aviões e submarinos nucleares       
                                     
O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem anseio que seria normal a qualquer outro político do meio do poder em Brasília, de assumir a Presidência da República em caso do impedimento do atual, Michel Temer. Se vê, o Maia, numa corrida de difícil ganho, pois Temer experimentou do néctar do poder e não quer larga-lo mesmo tendo que enfrentar as chantagens tão usuais no mundo político.

Temer tem a caneta do poder nas mãos e, não economiza tinta, sangra no que for preciso o seu tinteiro –não importando as malas de dinheiro, nem mesmo com o flagra da Polícia Federal; além, de sua pactuação com o meliante da JBS, Sr. Wesley Batista, que se portou como um araponga e gravou os deslizes do morador do Palácio Jaburu, na surdina da noite e sem testemunhas, a não ser o gravador do dono da JBS.

Os candidatos a candidato a Presidência da República, do PSDB- Partido da Social Democracia Brasileira, se dizem não candidatos, mas estão se mexendo, tanto o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, quanto o prefeito da Cidade de São Paulo, João Dória. Um se diz amigo do outro há três décadas e, que jamais trairiam essa amizade e Dória diz não ser candidato, mas se comporta como tal, inclusive, acenando uma eventual e estratégica troca de partido.

Dória com seu discurso de que não é político e sim   um gestor, soube capitalizar esse apelo de marketing, sem grandes investimentos em campanhas idealizadas por profissionais de marketing político.  É como tivesse identificado a galinha que bota os ovos de ouro, num grande galinheiro onde há abundância de ovos normais e enjoativos – ninguém aguenta mais comer ovos ...ninguém aguenta mais os políticos dessa nação. Foi tão vitorioso se elegendo no primeiro turno, como prefeito da maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, tendo o terceiro orçamento do país, ficando atrás somente do orçamento da união e o do estado de São Paulo, que o poder bate à sua porta e ele o acata como um bom anfitrião. Tem viajado a serviço do atual mandato, mas estrategicamente em locais que o projetam   ainda mais como um candidato em potencial à Presidência da República como os USA, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes e  Portugal . No território brasileiro tem visitado os estados nordestinos antigos redutos de Lula, hoje este está começando a perder sua supremacia devido aos escândalos de corrupção levantados pela Operação Lava a Jato. Dória em poucos dias já esteve em Salvador, Natal, Palmas, Fortaleza e Recife. No sul, esteve em Curitiba.


E, alguns outros almejam a caneta presidencial, já que na democracia não existe trono e nem a coroa do monarca, mas essa caneta nomeia, barganha, veta, sanciona e assina medidas provisórias e as famosas emendas parlamentares. Além de Lula, Alckmin e Doria tem outros postulantes ao poder, como: Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Marina Silva e mais de uma dezena de candidatos de partidos nanicos.

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