OS
PRIMÓRDIOS DO GOVERNO TEMER
Gradativa e estrategicamente o novo governo federal procura
retomar a confiança dos brasileiros e, do mundo dos negócios, especialmente dos
empresários e dos investidores nacionais e internacionais. O Ministro da Fazenda
e Previdência, Henrique Meirelles, tem dado ares de superministro e tem primado
pelo cuidado em dar informações meticulosamente preocupado em ser honesto com
os números das contas públicas, sendo já sabido que o rombo nas contas deixado
por Dilma, não se restringe aos R$120 bilhões de reais, já se admite que o
déficit é bem maior.
A equipe econômica tem
dito que o país precisa reduzir impostos e os juros, porém admite que
num primeiro momento talvez seja preciso
lançar mão de novos impostos para alavancar a economia – admitindo ,
entretanto, que se faz necessário antes disso conhecer as contas públicas e, a
redução de 4.000 cargos públicos,
inclusive, 1.000 funcionários comissionados do Palácio do Planalto num primeiro momento, bem como as
privatizações que deverão ser levadas a efeito, principalmente na área de
energia, o que resolveria dois problemas
com uma única tacada, que seriam a geração de recursos e fomentaria a modernização das empresas de
energia para suportar um crescimento da economia com sustentação de recursos
energéticos. As opções, caso venham lançar mãos de aumentar impostos, seria restaurar
a CPMF e ou aumentar a CIDE, além de aumentos de alíquotas, o que não depende
do Congresso, como as do IPI –Imposto Sobre Produtos Industrializados,
especialmente aqueles de consumo elitizados como: bebidas, cigarros e outros,
como também o Imposto de Importação sobre alguns itens, também elitizados.
Temer, ao assumir, já deu o exemplo de cortar gastos
públicos, começando com a redução de 32 para 22 ministérios, o que deve
representar uma economia respeitável. Igualmente, determinando, uma auditoria
minuciosa nas contas de cada ministério, como por exemplo já apurou valores
milionários que estariam sendo repassados aos governos bolivarianos e, que já
determinou sua suspensão.
Outra economia já em andamento e a auditagem dos programas
sociais, sustando pagamentos a pessoas que não enquadram nos parâmetros dos que
devem recebê-los, inclusive, a estrangeiros ilegalmente no país.
Sobre o problema crucial do desemprego, que ronda 10% da
população ativa, o que representa 11,1 milhões de brasileiros, teremos ainda,
segundo o governo, um efeito residual o que poderia até aumentar um pouco esses
números, e que gradativamente começarão a cair com a reação da economia com a
volta de investimentos e a retomada, também gradativa, da produção de bens
duráveis e de serviços. Quanto ao
agronegócio, que por sinal tem se mantido, apesar da crise, aliás que seria
muito maior, se não fosse as nossas exportações de comódites agrícolas – também
deverão ter uma atenção especial do novo governo no que tange à logística de armazenagem,
de transporte e portos, reconhecidamente deficientes, exceção feita ao Estado
de São Paulo, onde, logisticamente tem deficiência específica no Porto de
Santos.
Um ponto positivo que tem se verificado com o governo Temer é
a sua disposição ao diálogo, pois tem dado respostas rápidas às críticas do
povo e do corpo político. Haja vista o seu imediato atendimento aos anseios feministas
com a nomeação de mulheres para o segundo escalão e para secretarias especiais
– exemplos: nomeação de Maria Silvia Bastos Marques para a Presidência do BNDES
e está à cata de uma mulher para a Secretaria Especial da Cultura. Justificou,
também, a falta de mulheres nos Ministérios o fato dos partidos políticos terem
feito indicações somente de homens.
Além da equipe econômica respeitável , nomeada por Temer e
Meirelles, que agradou aos empresários e economistas, registra-se ,também, a
mão-firme mostrada pelo novo governo no Ministério das Relações Exteriores, com
a imediata reação de seu titular, José Serra, às críticas de países antes
protegidos pelo PT, como a Venezuela, El Salvador, Bolívia, Equador, Cuba e
Uruguai, fazendo ver a essas republicas bolivarianas que o Brasil não admitirá
interferências em sua soberania, voltando a honrar a Casa de Rio Branco. Da mesma forma deverá
desativar vários embaixadas e escritórios consulares criados por Lula, em
países de absoluta inexpressão aos nossos interesses nacionais, com objetivos
de promoção pessoal (pensava em ser o
Secretário Geral da ONU ou Presidente do Banco Mundial).
Enquanto isso no Palácio da Alvorada, a Presidente Dilma
Rousseff, afastada do cargo até o desfecho do processo de impedimento, está
montando no Palácio uma verdadeira fortaleza de resistência e espionagem das
ações do novo governo, com um batalhão de funcionários disponibilizados pelo governo,
em atendimento à Constituição e jurisprudência interpretada pelo Presidente do
Congresso Nacional, que os designou, como um número sem fim de outros
benefícios, incluindo, salários e ajudas de custos. Nesse aspecto, Fernando
Collor de Mello teve dignidade e renunciou, afastando da vida pública por 8 anos,
ao invés de se preocupar em deixar o poder e ainda, em contrapartida, levantar
falsas premissas sobre golpe, a exemplo de Dilma, que chegam a confundir os
outros países, seus governos e imprensa, o que só vem a depor contra nossa
credibilidade e consequentemente, nossa economia já capenga devido a ela
própria.
Uma crônica de
Gilson Marcio Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário