ELEIÇÕES MUNICIPAIS - A SEMANA DECISIVA
A semana que se inicia neste domingo, 25 de setembro, é a
derradeira antes das eleições municipais de 02 de outubro. Sãos sete dias que
os candidatos terão para reverter o quadro a seu favor, ou sustentar suas
posições – o certo é que são os últimos dias, dessa campanha que cerceou as
doações de empresas, pelo menos oficialmente, sabe-se lá quantas utilizaram
“laranjas” eleitores para doarem em seus nomes. Especula-se que nunca houve
tanto caixa dois quanto nessa campanha que se norteou pela nova lei eleitoral.
Nas cidades com mais de 200 mil eleitores haverá ainda o
segundo turno, se não houver um vencedor com 50% dos votos mais um no primeiro
turno. Será o caso de São Paulo – Capital, onde existem no momento três
candidatos com destaque sobre os demais, disputando menos de 30% e mais de 15%
cada um das intensões de voto, sem nenhuma expectativa de algum chegue aos 50%,
no primeiro turno. Nessas localidades a briga já contempla o segundo turno,
onde já se pensa em fazer eventuais coligações para apoiar os candidatos que
passarem para o segundo turno.
Um outro fato a se ponderar é que os candidatos com melhores
condições financeiras, nessa nova lei eleitoral, levam vantagens sobre aqueles
que não os dispõem; pois nada impede ao candidato investir na campanha por
conta própria – não podem, porém, gastar mais do que se gastou na última
campanha; porém, se os gastos forem bancados pelo próprio candidato não há como
os opositores e a justiça eleitoral controlar.
Na atual conjuntura econômica, não dá para avaliar quem será
o mais felizardo com o resultado das eleições: O candidato vencedor ou o
vencido; este disputou que é o importante num regime democrático, valeu a experiência
e caberá a ele e seu partido fazerem oposição à gestão do candidato vencedor e,
este por sua vez herdará a administração anterior com vários problemas que
norteiam os órgãos públicos, pois a maioria dos municípios juntamente com os
estados estão endividados e a arrecadação tem caído gradativamente, pois as
maiores receitas municipais que são o IPTU, IPVA , ISS , Alvarás e ITBI não
estão correspondendo dentro do previsto, ora os contribuintes estão em mora,
ora as transações comerciais e imobiliárias estão em queda e a abertura de
novos negócios no comercio não tem ocorrido, pelo contrário, tem sido
reduzidos...
Adicione-se os problemas que têm se tornado crônicos e, cada
vez mais se acentuam, muitos devido aos repasses que deixaram de vir do governo
federal, ou se vieram ocorreram em menor escala. Os principais gargalos aos
novos administradores (serão novos, pois poucos que tentaram não se reelegerão)
são ligados à Saúde e Educação – falta de médicos, remédios, leitos e outros
ligados à saúde – quanto à educação, enumera-se os problemas desde a
remuneração dos professores, a merenda escolar, a falta de salas e manutenção
das existentes e, o problema crucial da falta de creches. Num segundo patamar
de problemas aos governantes municipais, temos os ligados a Segurança e a
Habitação, que mais são de competências dos governos estaduais, à exceção da
Guarda Municipal naqueles municípios que as tem, registrando-se problemas com
desvios de procedimentos, como por exemplo usar a Guarda Municipal para multar
motoristas, trazendo ao município uma arrecadação extra, porém desvirtuando os
objetivos de segurança de uma GM, que deveriam sim policiar nossas praças
públicas, nossas escolas e o
policiamento do município em geral.
Mas mesmo sendo sabedores dessas dificuldades do momento, que
a nação recém saiu de uma grave crise política amenizada pelo impeachment de
Dilma e a exoneração do cargo de Presidente da Câmara e cassação de Eduardo
Cunha, adicionado ao fato de estarmos numa recessão econômica sem precedentes,
todos candidatos gostariam de assumir o poder do executivo municipal,
independentemente das dificuldades. O poder sempre “embriagou” os homens; quem
já experimentou de seu néctar gostaria de voltar a sorvê-lo e, quem nunca fez
uso do mesmo quer experimentá-lo.
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