Editorial do jornal Tribuna Regional
por GILSON MARCIO MACHADO
A angústia dos candidatos começou
nesta quinta-feira , dia 09 de outubro de 2014, com a campanha para o segundo turno, de um lado a candidata da situação , Dilma Rousseff e de outro Aécio Neves do PSDB da oposição, que foi para esse segundo turno de virada sobre Marina Silva.
Nas últimas pesquisas Dilma aparecia estática nas intenções de votos e acabou tendo uma votação de 41,59% e Aécio em curva de tendência ascendente que lhe brindou com 33,55%, Marina , dantes em segundo lugar, cedeu lugar a Aécio , pois entrou em uma curva descendente, que de qualquer forma lhe rendeu 21,32%. Respectivamente 43,3 milhões, 34,9 milhões e 22,2 milhões de votos.
Nesta mesma quinta-feira a Rede Globo divulgou as pesquisas da Data Folha e do Ibope, as primeiras destes institutos no segundo turno, destacando o candidato da oposição à frente do governo petista em números absolutos, porém com empate técnico. Aécio aparece com 51 % contra 49% de Dilma dos votos válidos.
Essas eleições de 2014 tem apresentado uma oscilação de tendências como nunca dantes vistas; os candidatos devem ficar com um pé à frente e dois atrás, pois podem ocorrer muitas surpresas ainda; inclusive, Marina Silva não divulgou ainda se apoiará Aécio Neves ou não, pois exige que o candidato prometa como programa de governo itens que seriam de sua pauta, como por exemplo, o término da reeleição.
Existem no cenário da arena, sem alusão ao antigo partido da época do governo militar, muitas batalhas, uma vez que munições não faltam : o escândalo da PETROBRAS, cuja delação premiada de seu ex-diretor, Paulo Roberto Costa , traz a todo o momento assuntos de impactos , sempre na mesma linha de corrupção; a denúncia dos Correios que teriam interferido nos resultados das eleições em Minas Gerais, ou seja, o PT usou a máquina estatal com os Correios na distribuição de material promocional de Dilma maciçamente em toda Minas Gerais em detrimento ao candidato do PSDB, cuja origem política é esse mesmo público.
Tudo isso um “prato cheio” para a própria imprensa, o que aliás ocorreu neste Jornal Nacional onde foi encaixado o primeiro horário político obrigatório ; ou seja, o programa do PSDB não falou nos escândalos , mas a Globo falou.
Voltando ao primeiro programa político obrigatório, agora no segundo turno com 10 minutos para cada candidato, Dilma partiu para o ataque à era do PSDB no poder, e por outro lado apresenta um programa como se a atual presidente fosse de outro partido e outro político ; já Aécio Neves explorou sua ligação , como neto que é, com Tancredo Neves, sem ataques incisivos à candidata do PT. Claro que ambos têm por trás de suas campanhas os marqueteiros políticos, mas o estilo petista parece partir para um que não mais agrada aos eleitores, diferentemente do de Aécio que explorou mais o enfoque de mudanças, que é a palavra mágica do momento político.
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